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OPINIÃO
A NOSSA SEDE UMA ESPERANÇA QUE RENASCE
Por Luís Cunha
O desânimo tinha-se já apoderado da família costeleta. As projecções de viabilidade económica doutamente elaboradas por reputados economistas tinham falhado, não por incapacidade técnica dos seus autores, mas devido aos imponderáveis que sempre atrapalham a concretização dos mais louváveis objectivos. A verdade, porém, é que uma Associação com as características da nossa, de rendimentos limitados e cobranças irregulares, não poderá nunca, em circunstâncias conjugar como as que actualmente vivemos, abalançar-se a assumir o compromisso de adquirir, por compra, um imóvel para sede das suas actividades. Pelas mesmas razões, a hipótese de arrendamento também nos está vedada, dados os preços proibitivos que se praticam na nossa cidade.
Desmontada que tinha sido já a utópica expectativa de que pudesse vir a surgir um mecenas que, num gesto magnânimo, doasse à nossa Associação o espaço imobiliário que nos falta, restava-nos assumir, humildemente, a nossa insuficiência de músculo financeiro e dirigir o nosso justo apoio à entidade pública que, por vocação institucional, poderá ajudar-nos a ultrapassar a nossa gritante carência de instalações sociais ou seja a Câmara Municipal.
Como oportunamente lembrou o Dr. Domingos Grilo, actual Presidente do Conselho Executivo da nossa Escola, na sessão comemorativa do 10º aniversário da nossa Associação, a Escola Tomás Cabreira é a continuadora de outras escolas que a precederam, sendo que a mais antiga a Escola Pedro Nunes provém da segunda metade do Séc. XIX (1888). No seguimento desta linha genealógica, a nossa Escola será, assim, um dos estabelecimentos de ensino mais antigos da cidade de Faro e de toda a região algarvia.
Em reconhecimento do continuado contributo que a Escola e as suas antecessoras têm dado, ao longo de mais de um século, para a formação de inúmeros cidadãos de várias gerações, a autarquia farense tinha-a já distinguido com a Medalha de Mérito grau ouro. Foi agora a vez de o Governador Civil através do costeleta João Leal, seu porta voz manifestar o seu apreço pela nossa Associação e pelo professor Américo notável paradigma de qualidades pedagógicas homenageando-os com a atribuição de placas de prata alusivas.
O brilhante historial da nossa Escola e a forte vitalidade de que a nossa Associação tem dado provas, justificam plenamente que a autarquia nos inclua no grupo das associações de índole cultural, desportiva e de solidariedade, às quais o poder municipal costuma facultar instalações sociais. Não nos surpreende, por isso, que o Vice-Presidente da Câmara Municipal, Engº Augusto Miranda, também presente na sessão comemorativa no nosso aniversário, tenha anunciado a possibilidade de vir a ser cedida uma casa situada no Largo Silva Porto tradicionalmente conhecido por Alto da Caganita a qual pertence ao património Municipal.
Cremos que a direcção da Associação não deixará de fazer todas as diligências que considere oportunas, com vista à concretização daquele nosso anseio, criando um lóbi se necessário for e recorrendo à incontornável influência institucional do Presidente da Junta de Freguesia da Sé, um costeleta altamente conceituado no meio local... Mas compete também a todos os costeletas desenvolverem as acções de apoio que estejam ao alcance da sua esfera de acção para que aquela "promessa" não caia no esquecimento.
Não está, para já, no horizonte das nossas intenções, assumirmos atitudes de carácter reivindicativo, mas não nos obriguem a vir para a rua gritar... palavras de ordem do género:
COSTELETAS
TODOS AO ALTO DA CAGANITA, JÁ...
CLUBE DA ARGOLA
Em tempo de Santos Populares, recomendamos aos membros do Clube esta sentida prece a Santo António. Vão ver que resulta:
Santo António, milagreiro,
Faz-me um milagre, por esmola:
Manda, por mim, o dinheiro
Pra eu sair desta argola!!!